Estética facial: o perigo dos ‘profissionais satélites’

Especialista brasileiro em peeling analisa o segmento estético e aponta problemas na área que podem complicar a vida do paciente

Os tipos de profissionais liberais para o mundo estético hoje são variados. O negócio transcendeu a conhecida esteticista, que não é formada em medicina, chegou as clínicas com perfil de boutique e ganhou adeptos na odontologia.

Umberto Risi, médico especialista em estética, é um nome de referência no assunto, e pergunta: será que eles estão preparados para lidar com complicações ou ocorrências durante o procedimento? O cenário ideal para a saúde do paciente é de garantias de capacitação total do profissional que o atende. O que observar então quando o assunto é peeling, toxina butolinica, preenchimento facial ou microagulhamento?

Risi não recomenda ser atendido por profissionais ou clínicas sem suporte na medicina. Aliás, esta é a dica número um dele, com um enfático “tem que tomar muito cuidado”. A etapa do encaminhamento médico pode afetar resultados até o momento da solução definitiva para o problema do paciente.

É o perigo do ‘profissional satélite’, que não tem capacitação para atender todas as possíveis fases de uma intervenção feita no corpo humano. E recentemente, o segmento estético ganhou uma diversidade de profissionais e clínicas da área como adeptas na realização de preenchimento facial e da toxina (botox).

Além da ausência do acompanhamento do médico na saúde geral, ainda há outras duas preocupações quanto à efetiva capacitação dos profissionais que não unem medicina e a estética entre seus conhecimentos. A técnica errada que é particular a cada paciente; o engano quanto à escolha dentre as várias toxinas disponíveis no mercado; e a falta de infraestrutura.

“O paciente enxerga o que o incomoda e o diferencial é fazer com que o ele entenda o motivo da sua queixa mediante a identificação de um tratamento ideal, individual e exclusivo. Cada solução que eu proponho no consultório é somente para aquele paciente, não é para todos. No começo é difícil o paciente entender. Nesta fase é preciso que eu explique o processo todo e seus benefícios, que serão sempre maiores e melhores”, explica Risi, especializado em mapeamento e harmonização da face.

Devemos tomar cuidado com a qualidade da Toxina Butolinica, o Botox continua o mais seguro e estudado de todas as toxinas. Se você não compra qualquer protetor solar, não deveria usar qualquer, brinca Risi, deixando bem claro que há vários níveis de reações para similares à marca Botox. A avaliação sobre qualidade também se aplica para o microagulhamento: um instrumento ruim pode soltar alguma das suas centenas de agulhas ou não ter a penetração necessária. O resultado é a baixa qualidade do tratamento. “O rosto é uma parte muito sensível. Um procedimento errado pode causar sérios problemas de saúde, baixa autoestima e gastos desnecessários com tratamentos subsequentes”, pontua o especialista em medicina estética.

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